segunda-feira, 8 de junho de 2015

AULA 11 INDISCIPLINA E VIOLÊNCIA NA ESCOLA (SEMINÁRIO)

Leitura básica: ARAÚJO, U.F. Disciplina, Indisciplina e a complexidade do cotidiano escolar. In: OLIVEIRA et al. Psicologia, Educação e as temáticas da vida contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002, p.215-232.
SCHILLING, F. A sociedade da insegurança e a violência na escola. São Paulo: Moderna, 2004.

O primeiro grupo a se apresentar foi o qual eu era integrante.
A partir de uma revisão bibliográfica, foi delimitada uma abordagem para o tema da indisciplina que concerne aos sentidos da indisciplina na relação professor-aluno. Estes atores são considerados protagonista pelo referencial teórico seguido pelo grupo e para tanto, buscou-se compreender quais os sentidos da indisciplina para professores e alunos que se relacionam cotidianamente, de 7 diferentes escolas públicas.
Na primeira parte é apresentado o referencial teórico seguido pelo grupo, assim como pesquisas afins sobre o tema da indisciplina na escola, os possíveis sentidos que a indisciplina possui para além da carência psíquica do aluno e do histórico da estrutura institucional escolar.
Cada pesquisador realizou entrevistas semiestruturadas, aplicadas em 1 professor e em uma amostra de 10% de alunos de uma sala de aula do ensino médio, ou seja, 40 alunos. Os dados foram analisados de modo a ressaltar os sentidos recorrentes e permitirem uma comparação entre as respostas do conjunto de alunos e professores e elementos apontados como fundamentais para a construção de uma disciplina e resolução de conflitos.
Na parte final apresentamos os resultados encontrados, os sentidos da indisciplina na visão dos alunos e professores como falta de respeito ao ambiente e ao próximo, a proximidade de ambas as visões em relação à disciplina como algo importante para o desenvolvimento do aluno e o diálogo e respeito mútuos como fundamental na construção de tal disciplina.
Conclusões:
Para concluir, como esperado, pudemos através das entrevistas observar que as visões dos professores são mais completas e complexas e acabam por visualizar o todo pedagógico ao invés de procurar respostas simplistas para alguns tipos de comportamentos. Existe, porém, uma demanda por parte dos profissionais da educação por novos métodos e diretrizes que permitam articular as diferentes esferas da vida do aluno afim de promover um melhor aproveitamento da experiência escolar.
A demanda que é apresentada pelos alunos, por outro lado, é no sentido de uma maior transparência acerca dos objetivos propostos pelos professores. Podemos concluir a partir disso que falta um diálogo (que os professores e alunos tanto falam) no sentido de aprimorar a clareza com que as regras e objetivos são apresentados para os alunos. Pode-se a partir disso também formular uma demanda para que as próprias regras e normas não sejam estabelecidas “de cima” e não se apresentem como fixas e rígidas para os alunos (Garcia, 2009). Embora ambos os agentes apresentem a construção da disciplina na relação professor-aluno como necessariamente lenta, gradual e dialógica, é necessário que essas esperanças se confirmem no sentido de haver um espaço de formulação, criação, execução e apresentação das regras num esforço conjunto entre professores e alunos. Talvez só através desse diálogo efetivado, tanto entre os professores e seus pares, quanto entre os professores e seus alunos, as regras e métodos que procurem inibir as atitudes de indisciplina sem compreende-la, possam diminuir no ambiente escolar.
 
 
 

AULA 10 12/05 PROJETOS DE VIDA, JUVENTUDE E EDUCAÇÃO

Leitura Básica: HANNA, D. & ARANTES, V (2014) Valores, Sentimentos e projetos de Vida: Um estudo com jovens estudantes da cidade de São Paulo. P. 169-189.
Revista Nupem, v. 6., n. 10, 2014.
http:/www.fecilcambr/revista/index.php/nupem/article/viewFile/424/317
 
(Essa aula seria dada pela professora Hanna Danza, porém ela não pode vir.)
 
Nesta aula a professora Valéria apresentou-nos a pesquisa feita por Hanna Danza, onde ela realizou uma série de entrevistas com estudantes, em que eram questionados sobre o que planejavam para sua vida adulta, tanto  no campo profissional como no familiar e afetivo, foi interessante observar  que enquanto alguns deles possuíam uma visão bem vaga do seu futuro, outros possuíam projetos bem elaborados. Ela também defendeu a tese de que a educação moral nas escolas pode aumentar a probabilidade de os alunos realizarem projeções afetivas sobre seu futuro.

AULA 08 28/04- RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E ASSEMBLÉIAS ESCOLARES

 
Leitura básica: ARAÚJO,U.F. Assembleia escolar: um caminho para a resolução de conflitos. São Paulo, Moderna, 2004.
 
 
Nesta aula discutimos como  as Assembleias Escolares, entendidas como espaços de diálogo, podem constituir-se em importante estratégia para o trabalho com resolução de conflitos dentro da escola, além de contribuírem para a construção de valores de democracia e de cidadania por parte dos membros que dela participam.
Mas o que são assembleias escolares? As assembleias são o momento institucional da palavra e do diálogo. O momento em que o coletivo se reúne para refletir, tomar consciência de si mesmo e transformar tudo aquilo que os seus membros consideram oportuno. É um momento organizado para que alunos e alunas, professores e professoras possam falar das questões que lhes pareçam pertinentes para melhorar o trabalho e a convivência escolar (PUIG, 2000).
 
 
Esta aula foi uma das que mais gostei de todo o curso, a escola em qual leciono trabalha há 03 com assembleias escolares e temos um resultado bem positivo quanto a autonomia dos alunos.



 

AULA 07 14/04 CONHECIMENTO TRANSVERSA, INTERDISCIPLINAR E A METÁFORA DA REDE

Leitura básica: ARAÚJO, U.F. Temas transversais, pedagogia de projetos e mudanças na educação. São Paulo, Summus, 2014.
Nessa aula, discutimos em sala a questao do conhecimento tradicional X conhecimento transversal e interdisciplinar.
Trabalhamos o conceito de interdisciplinariedade na educação, ou seja, de um campo da educação ter relação com vários outros. Essa relação entre campos, permite maior interação entre disciplinas, já que a educação escolar atualmente é dividida  por segmentos  (português, matemática, história, etc).
Com essa temática de interdisciplinariedade entre as disciplinas, propõe-se que cada matéria que compõe a educação escolar do aluno se relacione com outra matéria, de modo a produzir um conhecimento mais amplo, que abranja não somente a especificidade contida naquela disciplina, mas sim, os pontos que aquela disciplina pode ter em comum com outras disciplinas.
A interdisciplinariedade mostra-se importante na sociedade atual, devido ao fato de a nova dinâmica econômica e social, exigir a existência de profissionais que, não somente saibam aquilo em que foram formados, mas também, que tenham conhecimento sobre aspectos que teoricamente não se relacionariam com a sua especialização, mas que, tem relevante importância pra sociedade.
Também foi trabalhada a temática acerca da transversalidade, onde os conhecimentos adquiridos em sala de aula são transportados para a resolução de problemas do cotidiano da sociedade. Foi baseada nessa ideia, que a USP montou seu campo Leste, a Escola de Artes, Ciências e Humanidades e, com ela, o ciclo básico e a disciplina de Resolução de Problemas (RPI & RPII), que buscam desenvolver no aluno, o conhecimento e a capacidade de trabalhar, de porte de inúmeras informações e conhecimentos interdisciplinares, para solucionar problemas relacionados a própria sociedade em que vive.

AULA 06 - A CONTRUÇÃO VALORES E A DIMENSÃO AFETIVA

Leitura básica: ARAÚJO, U.F.; PUIG, J.M.; ARANTES, V.A. Educação e Valores: Pontos e Contrapontos. São Paulo: Summus, 2007.
 
A leitura básica, nos remete há uma infinidade de questionamentos: “por que assumimos que os valores fazem parte da dimensão afetiva?” , “como uma pessoa constrói valor?”, "que valores devemos ensinar aos nossos alunos?" e tantas outras questões.
Criar esse ambiente ético na escola e em seu entorno não é tarefa simples, mas a sociedade e os educadores necessitam de metas-alvo para saber onde devem dirigir suas ações e esforços. Penso que a criação desses ambientes possa se dar, pelo menos inicialmente, alicerçada em três tipos de ações independentes mas complementares:
a) a inserção transversal e interdisciplinar de conteúdos de natureza ética no currículo das escolas;
b) a introdução de sistemáticas que visam à melhoria democratização das relações interpessoais no dia-a-dia das escolas;
c) uma articulação dessas ações com a família e com a comunidade onde vive a criança, de forma que tais preocupações não fiquem limitadas aos espaços, aos tempos e às relações escolares. (p. 37-38).
 
Essa parte da leitura me chamou muita atenção, pois nos faz refletir quanto docentes sobre a ética escolar, e do papel essencial do professor nos valores que ensina.
 

 
 

AULA05 24/03 - UMA TEORIA DE MUDANÇA: OS MODELOS ORGANIZADORES DO PENSAMENTO

Leitura básica: MORENO et al. Conhecimento e mudança: os modelos organizadores na construção do conhecimento. São Paulo: Moderna, 1999, p. 73-102; 357-383.
 
A professora iniciou a aula com  relatos de um casal de namorados (Maria e Antonio), sobre a mesma situação , porém os leu  separadamente, primeiro o da moça e depois o do rapaz. Essa leitura nos fez refletir como duas pessoas tem perspectivas bem distintas diante de um mesmo acontecimento.
Concebemos um modelo organizador como uma particular organização que o sujeito realiza dos elementos que seleciona e elabora a partir de uma determinada situação, dos significados que lhes atribui e das implicações que deles se originam. Tais elementos procedem das percepções, das ações (tanto físicas como mentais) e do conhecimento em geral que o sujeito possui sobre uma certa situação, assim como das inferências que a partir de tudo isso realiza. O conjunto resultante é organizado por um sistema de relações que lhe confere uma coerência interna, a qual produz, no sujeito que o elaborou, a ideia de que mantém também uma coerência externa, ou seja, uma coerência com a situação do mundo real que representa (MORENO et al., 1999, p. 78).
Como uma teoria de natureza funcional, os Modelos Organizadores do Pensamento sintetizam o resultado das atividades utilizadas pela mente na organização do pensamento, relacionando os aspectos estruturais da cognição aos conteúdos presentes na realidade. Construídos não somente a partir da lógica subjacente às estruturas mentais, os Modelos Organizadores comportam desejos, sentimentos, afetos, representações sociais e valores de quem os constrói. Assim, quando o sujeito abstrai ou seleciona um elemento da realidade, atribui a ele um determinado significado e estabelece relações e/ou implicações com outros elementos e significados, esse processo psicológico está imbuído de sentimentos e emoções que guiam e/ou direcionam a organização do pensamento.
 
 
 
 

AULA 04 17/03 - PREPARAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

TRABALHO MONITORADO: ORIENTAÇÃO AOS GRUPOS

Nesta aula foi dada a orientação para o estágio e também para os trabalhos em grupo, cujos temas são: "Indisciplina e violência na escola", "Fracasso escolar", "Diferenças, estigma e preconceito na escola" e "A questão do gênero na escola".
Meu grupo ficou com o tema  "Indisciplina e violência na escola", o qual eu escolhi fazer parte, por ser uma grande problemática vivida atualmente nas escolas em geral. O grupo se reuniu e discutimos sobre a bibliografia e também montamos um questionário para entrevista de alunos e professores sobre nossa temática.